Recém-separada do produtor musical João Marcelo Bôscoli, Eliana Michaelichen fala com exclusividade sobre o fim do relacionamento: "A separação doeu. E muito!"
Se você imagina que o escritório da apresentadora Eliana é um ambiente repleto de pôsteres e prêmios, tão comuns aos grandes astros populares, enganou-se. Ela trabalha cercada de estantes e peças de artistas contemporâneos e essas são as pistas de que está adorando seu novo ofício.
Em 2009, Eliana fundou a Master Books, editora de arte que já publicou livros de personalidades como o estilista Christian Lacroix e o diretor de cinema Fernando Meirelles. Também é dona do portal de variedades Daquidali, acessado mensalmente por mais de 3 milhões de pessoas. "Sou popular com muito orgulho", diz a apresentadora.
Este ano, Eliana lançará a biografia de Elis Regina, mãe do produtor musical João Marcelo Bôscoli, de quem acaba de se separar depois de um casamento de seis anos. Eles são pais de Arthur, 2 anos, que segue morando com a mãe. Bôscoli saiu de casa. A separação foi amigável.
Aos 40 anos, elegante e dona de hipnotizantes olhos verdes, é difícil vê-la como uma garota de origem humilde. “Nunca fiz da minha humildade uma bandeira. Coitadinha não é meu papel”, disse durante entrevista exclusiva para Marie Claire, em que falou também sobre sexo, carreira e fortuna.
MARIE CLAIRE: A imprensa acabou de noticiar sua separação. O que houve?
ELIANA MICHAELICHEN: Amei demais o João. Mesmo não estando mais juntos, sei que sempre seremos amigos. Essa relação ficará marcada pelo fruto do nosso amor: Arthur. Isso é eterno. Foi um encontro mágico, mas é claro que a separação doeu. E muito! As portas de casa estarão sempre abertas para o pai do meu filho. Sigo acreditando no amor e na família.
M.C.: Antes do João Marcelo, você namorou o Luciano Huck, o Roberto Justus e foi casada com o apresentador Edu Guedes. Como reage às rupturas amorosas?
E.M.: Quando uma relação acaba, sinto que falta o ar. Mas não sofro só pela perda do amor. Sofro pela perda dos projetos comuns. Dói saber que não há mais o “nós”. Nessas horas, busco o conforto nas pessoas que me conhecem há anos, como a minha mãe e a Helena [irmã mais velha]. A maturidade me ensinou que, lá na frente, a dor passará e, no fim, acabarei aprendendo com ela. Confio nisso.
M.C.: Como você se definiria na cama? Depravada ou romântica?
E.M.: Posso ser depravada, mas só se for entre quatro paredes... Isso é segredo. Sou super-romântica. Sexo com amor é bem melhor do que por puro prazer. Mas é claro que já tive momentos em que estava solteira e me relacionei por prazer. Só não me peça para contar os detalhes, por favor!
M.C.: A maturidade te fez bem? Que tal a sua chegada aos 40 anos?
E.M.: Não me sinto com essa idade. Já fiz plástica, mas apenas uma rinoplastia. Acordo todos os dias às 9h para fazer ginástica. Às vezes, eu me acho linda – acontece quando estou na praia, desencanada, e percebo que o tempo me fez entrar em harmonia com o meu corpo.
M.C.: E, profissionalmente, como conseguiu se manter no topo?
E.M.: Sei que sobrevivi 16 anos no infantil porque tinha um diferencial. O Nilton [Travesso, diretor de televisão] me fez entender que já existiam a Xuxa, a rainha que descia do disco voador, e a Angélica, uma princesa com vestidos encantadores. Eu devia ser, então, a amiga mais velha das crianças, aquela que sentava no chão e usava tênis.
M.C.: Incomoda ser popular, falar com a massa e não com a elite?
E.M.: [Brava] Agora vou abrir meu coração com você. Me desculpe! Quem é que quer falar para poucos? Mentira! O que todo mundo quer é fazer o que acredita e alcançar o maior número de pessoas. Mas claro que já ouvi: “Ah, eu não quero emprestar minha roupa pra ela porque não acho que ela seja bacana”. Não sou bacana? O.k., querido, eu vou lá e compro sua marca. Azar. Entendeu?
M.C.: Ter tido uma origem humilde deu forças para você lutar?
E.M.: Ô! Muito. E me fez responsável. Nunca me senti menor. Mas na infância já me senti injustiçada. Por que meu amiguinho tinha e eu não podia ter? A vida é dura e nem tudo que você quer terá. Apenas não transformei esse sentimento em revolta, amargura ou recalque.
M.C.: Lembra-se de como foi ganhar a primeira grande bolada?
E.M.: Eu me recordo da sensação de quando juntei meu primeiro milhão [na década de 1990]. Lembro de pensar: “Meu Deussss”.
M.C.: Já pode comprar uma ilha?
E.M.: Eu posso até comprar uma ilha, se ela for pequenininha [risos]. Mas, sinceramente, não tenho esses sonhos, essas ostentações.
Fonte:Marie Claire