acredita na vida a dois
Determinação e foco sempre foram características que guiaram os caminhos e decisões da apresentadora Eliana em todos os momentos de sua trajetória, sejam eles de fácil ou difícil solução. Aos 40 anos, a estrela dos domingos do SBT, à frente do Programa Eliana, enfrentou, com coragem e o apoio da família, o término de seu relacionamento de seis anos com o produtor musical João Marcello Bôscoli (43), com quem tem um filho, Arthur (2). “Acho importante não negar para si essa dor, porque faz parte também de uma evolução. Claro que ninguém quer sofrer com perdas, com dor e amadurecer dessa forma, mas é o que acontece”, pontua a estrela, que fala pela primeira vez sobre o assunto.
A notícia do fim do casamento, comentada pela própria apresentadora em sua atração, mostrou que Eliana, assim como qualquer mulher, é capaz de superar com garra as adversidades da vida. “Eu não sou de ferro, não pretendo ser a Mulher Maravilha. Ninguém é. Decidi falar no ar porque, se omitisse, não seria verdadeiro da minha parte”, diz ela, com convicção. A fase triste, porém, já ficou no passado. Reaprendendo a ser solteira, mais madura e mais linda do que nunca, ela tem voltado suas energias para o trabalho. Expoente na guerra da audiência, ela viajou a Dubai pela primeira vez, onde ficou por oito dias hospedada no Kempinski Hotel Mall of the Emirates e mostrou imagens encantadoras e curiosidades do lugar em seu programa.
A cidade, superlativa, proporcionou à musa experiências inesquecíveis. “Passeei no deserto, conheci uma reserva ecológica incrível e pude experimentar um pouco da cultura do povo local. O que mais gostei foi da maneira como eles recebem as visitas em casa. Eles dão um café com tâmaras e você não pode recusar. Quando você for servido novamente, se já estiver satisfeito, precisa balançar a xícara e então eles entendem que você não quer mais. O café árabe é superlevinho e servido sem açúcar. Já a tâmara é bastante doce, uma delícia”, descreve Eliana. Também foi a primeira vez que a bela ficou tanto tempo afastada do herdeiro. Em São Paulo, onde a apresentadora mora, o pequeno ficou aos cuidados da mãe dela, Eva (73). “A criança nessa fase não tem noção de tempo. Então, conversei com uma amiga terapeuta e ela disse para eu fazer um calendário. Peguei cartolinas, desenhei carinhas felizes, recortei e disse para, todos os dias, ele colar uma em cada folha. E quando chegasse na última, em que havia um desenho todo especial, com estrelas, era o dia em que eu voltaria para casa”, diz Eliana, que se derrete ao falar sobre o adorável pequeno.
– O que achou de Dubai?
– Dubai é muito curioso. Lá tudo é o maior, o melhor, o mais luxuoso... Tentamos mostrar a cidade de uma maneira muito divertida, pois é um lugar que tem toda essa ostentação, mas também oferece diversão para a família, que é o público do meu programa.
– Você está solteira e morando sozinha com Arthur. Como está sua rotina?
– Estou extremamente focada no meu trabalho e no meu filho. Mas, pelo menos uma vez por semana, adoro sair para jantar com meus amigos e ir ao teatro. Isso é gostoso, porque coloco a conversa em dia e dou boas risadas.
– Você optou por falar sobre a sua separação no ar. Por quê?
– Desde o início da minha carreira, sempre tive uma relação íntima com o público. Eu anunciei a gravidez no ar e também apresentei meu filho no programa. E, nesse momento, que foi difícil, queria que as pessoas ouvissem de mim o que eu estava sentindo de verdade. Não dá para ser fria e racional em momentos tão importantes como esse. Quis mostrar que sofro como todas as mulheres e que comigo não é diferente. Omitir esse fato não seria natural. O que a maternidade me trouxe, além da maturidade, é que, quanto mais for livre para poder expressar o que está dentro de mim, mais fico feliz e em paz comigo mesma.
– Em quem busca apoio nesses momentos?
– Desde que meu filho nasceu, minha mãe é meu porto seguro. A minha família é muito unida, meus sobrinhos são padrinhos do Arthur. Durante o final de semana, a casa sempre está lotada.
– Você parece ser uma mulher muito segura e forte. Como lida com as perdas da vida?
– Os momentos difíceis existem, e precisamos ter um tempo para respirar, analisar a situação e sentir de verdade o que está acontecendo. Não é fácil, mas você melhora como pessoa, enxerga a vida de maneira diferente, é um aprendizado.
– Você sempre quis formar sua própria família. Neste momento continua acreditando no “felizes para sempre”?
– Eu continuo acreditando muito no amor, acho que ele é transformador. A minha relação com João deu muito certo, foram seis anos e tivemos um fruto lindo, que é o Arthur. Não há regras para os relacionamentos e o importante é acreditar nele e agradecer pelas coisas boas que ficaram.
– Você fala muito em maturidade. O que é o melhor dos 40?
– A lei da gravidade é implacável, não dá para negar. (risos) Mas hoje gosto muito mais do que vejo no espelho. Quando você se gosta, se sente mais livre e, naturalmente, a sensualidade aflora. Ser mãe contribuiu muito para isso por ter me realizado. Me sinto muito mais feminina e segura. Esse é o momento mais pleno da minha vida porque consegui equilibrar as coisas que mais amo, que é estar em família e o meu trabalho. Fui a primeira mulher a entrar no rol dos apresentadores aos domingos e alcancei a vice-liderança da audiência no horário mais concorrido da TV. Então, os meus 25 anos de carreira estão bem consolidados.
– Já se sente pronta para um novo amor?
– Claro que não. Estou muito tranquila e muito bem, curtindo meu filho e vivendo um momento profissional espetacular. Eu amo viver e acho que quanto mais vivo, mais aprendo, mais gosto do que vejo e vou melhorando. Quando a gente amadurece, enxerga as oportunidades de maneira diferente e eu amadureci muito de alguns anos para cá.
– O Arthur consegue ver o pai diariamente?
– Minha relação com João é muito boa, temos uma amizade e, quantas vezes ele quiser visitar o Arthur, as portas de casa estarão sempre abertas. Essa frequência tem muito a ver com o dia a dia do João. Mas, normalmente, ele visita o Arthur duas vezes por semana. É curioso e parece incoerente, mas a gente conversa muito mais hoje sobre a educação do Arthur do que antes. Como vivemos em casas separadas, precisamos estar mais conectados, para decidir o que será bom para ele. Então, esse diálogo é muito importante. A nossa única regra é o bem-estar e a felicidade do Arthur.
– Você passou oito dias viajando. Como foi ficar tanto tempo longe do seu filho?
– Foi difícil e ali senti na pele que estava me dividindo entre a profissional e a mãe. Senti a alegria de fazer um trabalho bacana, mas fiquei com o coração apertado por não estar com ele. Nos falávamos todos os dias por Skype. Até pensei em levá-lo, mas teria de tirá- lo da rotina de estudos e do conforto da casa. Então, achei melhor deixá-lo com a minha mãe.
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