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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A melhor coisa que eu poderia ter feito foi ter voltado pro SBT", diz Eliana

Neste mês de agosto, a apresentadora Eliana comemora um ano do seu programa no SBT. Após 11 anos na Record, ela voltou à emissora que o revelou e estreou sua atração nas tardes de domingo no dia 30 de agosto do ano passado.

Eliana Michaelichen Bezerra começou cedo na vida artística. Depois de participar de desfiles e comerciais, aos 14 anos integrou o grupo As Patotinhas e depois foi para o Banana Split. Foi aí que Silvio Santos a descobriu e a convidou para comandar o programa "Festolândia" no SBT. A partir daí, apresentou vários programas na emissora, como o "Bom Dia & Cia" e "TV Animal". Depois, foi para a Record, onde comandou o "Eliana & Alegria", "Eliana na Fábrica Maluca" e "Programa Eliana", além do dominical "Tudo é Possível", quando recebeu convite para voltar ao SBT.

Em entrevista exclusiva concedida ao NaTelinha por telefone, Eliana fala como foi alcançar o público adulto, como recebeu o convite do SBT, fala de Ana Hickmann e Maria Rita, além de vários quadros do seu programa e sobre a entrevista que realizou recentemente com Justin Bieber. Confira:

"Eu fiquei tão feliz em ter recebido novo convite do SBT, que eu saltitava em casa"
Depois de "abandonar" o público infantil você começou a apresentar no dia 7 de agosto de 2005 o programa "Tudo é Possível". Como foi deixar o público infantil e descobrir novos rumos com o público jovem/adulto?
Eliana: Na verdade teve um trabalho 4 meses fora do ar, interno mesmo, de conteúdo, um trabalho junto com a produção. A produção também teve que se transformar, mudar um pouco a forma de pensar, todo o tabalho que estavam aconstumados a fazer. Eu também, a mesma coisa. Mas foi muito bem recebido pelo público. Eu acredito que tenha sido uma transião importante, porque era uma coisa que eu já estava precisando fazer. Depois de muitos anos trabalhando com crianças, eu queria algo mais, algo novo, e um público família aos domingos, que a gente começou a fazer, nao ia excluir o público infantil. Tanto é q hoje as crianças ainda assistem os programas, gostam e comentam. Mas não é mais um trabalho específico pra elas. Mas foi necessário e fundamental pra minha carreira. Acredito que se eu não tivesse feito a transição naquele momento, talvez eu não estivesse tendo a ascenção q eu tenho hoje, o reconhecimento do público e da mídia.

Depois de 11 anos na Record, você voltou para o SBT. Por que decidiu deixar a emissora da Barra Funda e voltar para o canal que te revelou?
Eliana: Eu fiquei 7 anos no SBT, no início de tudo. Depois fui pra Record e fiquei 11 anos. Eu sempre pensei assim "será que em algum momento o Silvio Santos vai me convidar novamente pra voltar?". E ele convidou. Eu fiquei tão feliz, que eu saltitava em casa. Nossa, ele realmente me convidou. E fez um convite irrecusável. Era voltar pro SBT pra dividir as tardes de domingo ao lado do Silvio Santos, que pra mim é um ícone da televisão brasileira, um grande apresentador. E foi a pessoa que me deu essa oportunidade de ser apresentadora. Eu era cantora antes, né. E foi maravilhoso. Era uma coisa que eu sempre esperava.

Você saiu do SBT sempre pensando em voltar?
Eliana:
Na verdade eu saí do SBT por uma questão profissional, que foi muito boa, maravilhosa. Foi na Record que eu fiz a transição do infantil pro adulto, pro família, que foi importantíssimo pra minha carreira. Voltar pro SBT foi delicioso, porque foi como se eu tivesse voltando pra casa, onde tudo começou. Foi realmente satisfatório, profissionalmente e pessoalmente falando.

De volta ao SBT, você assumiu as tardes de domingo da emissora, uma das faixas mais tradicionais da rede de Silvio Santos. Como você se sente comandando um dia tão importante da TV brasileira?
Eliana: É uma responsabilidade muito grande. Até porque, no meio de tantos homens, eu fui a primeira mulher a ter um programa aos domingos nessa faixa, competindo com grandes nomes, só homens. Eu fui a primeira mulher a entrar nesse 'clube do Bolinha'. A princípio eu pensei que fosse ter sim uma aceitação, mas não imaginava que fosse ser tão rápido, o que aconteceu ainda na Record. Estar e voltar ao SBT foi realmente muito gratificante, ainda mais aos domingos. Os domingos do SBT fizeram parte da minha infância. Eu cresci vendo o SBT aos domingos e o Programa Silvio Santos. Ter a honra de dividir os domingos ao lado de um dos ícones da televisão brasileira é uma grande vitória. É um reconhecimento profissional realmente muito positivo.

Assim que você deixou a Record, Ana Hickmann assumiu o "Tudo é Possível". Nesta época, ela passou a dar algumas declarações polêmicas e indiretas para você, que optou pelo silêncio. Pode dizer como foi pra você receber esses "ataques"?
Eliana:
Eu já tenho 22 anos de carreira. Nesses 22 anos eu nunca precisei fazer nenhum tipo de comentário, ou entrar em qualquer discussão com ninguém. E não seria neste momento que eu iria fazer qualquer tipo de comentário. É assim que eu sigo o meu trabalho. A minha melhor resposta é o trabalho. Eu respeito a concorrência, respeito os concorrentes, e eu faço o meu melhor. Não que eu seja uma "monge budista", é que essa é minha filosofia de trabalho. É assim que eu acredito e sempre fiz. E deu certo. Estou há 22 anos aí e jamais falaria qualquer coisa contra um profissional que trabalha na mesma área.

Atualmente, como você vê Ana Hickmann no comando do "Tudo é Possível"?
Eliana: Na realidade eu fico muito mais focada no meu trabalho, nas coisas que eu procuro realizar. Eu acho indelicado fazer qualquer comentário sobre outro profissional da área.

O programa "Eliana" começou com bastante sucesso no SBT, ficando por muitas vezes em segundo lugar. Pouco tempo depois, quadros foram reprisados e os índices caíram. Como você se sentiu ao ver os números do Ibope? Você é ligada em audiência?
Eliana:
Com a experiência que eu tenho na TV, eu sei muito bem que Ibope é cíclico. Tem a ver com uma série de questões. Não é uma coisa que me tira do prumo ou que me preocupe, a princípio. Acho que é importante ficar sempre atento quando há esse tipo de situação, mas sem dúvida é reversível, como foi, e é só fazer uma pesquisa, trazer mais novidade, dar uma incrementada na produção, fazer mais chamadas. É um conjunto de coisas que colaboram para que a audiência se mantenha. Não depende só do apresentador, muito pelo contrário, depende de uma série de fatores. Então sendo assim, é um momento que tem que ter tranquilidade, e saber que a qualquer momento isso pode ser revertido. Tranquilo.

Pra tentar levantar a audiência do "Eliana", o reality show "Romance no Escuro" foi inserido no seu programa. Inicialmente, a atração seria comandada por Lígia Mendes, mas ao fazer parte dos quadros do "Eliana", quem assumiu o comando foi você. Houve algum tipo de mal estar com Lígia Mendes? Como foi essa troca?
Eliana: A emissora me deu de presente essa atração, que é muito bacana, muito curioso. O "Romance no Escuro" era um programa que não tinha entrado no ar ainda, não sabia se ia entrar ou não. Era uma coisa que não estava muito definida. Nessa dúvida, eu acho que foi bacana pra todo mundo. Foi legal pra Lígia, a gente conversa bastante.

Não é que ela deixou de apresentar. Ela continuou apresentando, tendo contato com os participantes. E foi muito bom pra mim, que ganhei um quadro novo, deu um frescor também. As pessoas gostaram da novidade, eu amei. Eu tive a oportunidade de entrar no quarto com o Ratinho e foi engraçadíssimo. É uma experiência sensorial inacreditável. Lá é muito escuro, você não vê absolutamente nada. Só se vê um pontinho de luz das câmeras, que são infravermelho, que conseguem captar as imagens que a gente assiste em casa. Mas quem está lá dentro, não vê nada. É um breu.

Sobre a Lígia, reforço que não houve nada, ela é muito querida. E foi bom pra todo mundo.

Um dos destaques do "Eliana" é o quadro "Ciência em Show", onde cientistas formados fazem várias experiências. No ar, você demonstra gostar muito das "brincadeiras". Qual a sua relação com os cientistas do quadro?
Eliana: Eu sempre acreditei que um programa de entretenimento, além de entreter, também possa informar. Sempre foi minha filosofia de trabalho, e eu sempre acreditei nisso. Tanto que quando eu trabalhei com crianças, como agora com o público família, eu pretendo sempre levear quadros que divertem, mas que também informem. Claro que não precisa ser no programa todo, mas no caso do "Ciência em Show", no caso do biólogo Sérgio Rangel também.

Eu amo a ciência porque, além dos meninos serem divertidíssimos, professores formados da USP, serem muito bem reconhecidos, respeitados no meio, eles divertem mas também informam. A gente aprende com eles. Eu aprendo com eles, o público aprende. Eu realmente adoro o quadro dos meninos. É um quadro de impacto visual, tem um retorno, o público adora. É um dos melhores quadros que a gente tem. E o Wilson, o Gerson e o Daniel são, além de grandes profissionais, pessoas adoráveis. Acho que se o público pudesse conhecê-los por trás dos cientistas, iam gostar ainda mais do quadro. Porque eles são três figuras adoráveis.

O recém-estreado "O Formigueiro", de Marco Luque na Band, também têm entre suas atrações quadros de experiências. Você acha que foi cópia do seu programa ou essas provas são uma constante na televisão?
Eliana: As provas de ciência não são uma constante na televisão, até porque eu só tinha visto isso no meu programa e na TV Cultura, no "O Mundo de Beakman", que era muito interessante. Mas é muito bacana, eu fico feliz que de alguma maneira quadros como esse estejam repercutindo agora na TV aberta. Eu fico contente de ter sido a precursora dessa linha na televisão aberta no Brasil.

Como funciona as reuniões de criação no seu programa, que é dirigido por Leonor Correa? Você participa semanalmente da montagem da atração?
Eliana: Eu participo sempre. Eu acredito que o programa tem que ter a essência do apresentador. Eu preciso estar envolvida em todo o processo pra eu apresentar com mais credibilidade e saber do que eu estou falando, não simplesmente chegar e apresentar. Antigamente, quando eu comecei, não existia teleprompter (equipamento acoplado às câmeras filmadoras que exibe o texto a ser lido pelo apresentador), eram dálias (pedaço de papel ou cartolina onde ficam escritas palavras para o apresentador falar ou se lembrar de algo). Hoje você pode colocar um apresentador lendo o programa inteiro. Não é o meu caso. Eu por exemplo participo de todas as pautas, levo pautas, ideias, adoro trabalhar em equipe, gosto de estar ao lado da minha produção, que é maravilhosa. Muita gente ali veio comigo da Record, outras vieram com a Leonor Correa. A gente tem um time de grandes profissionais, então é maravilhoso poder trabalhar junto com eles, aproveitar e me inserir dentro do conteúodo, e realmente trazer credibilidade pra tudo que eu apresento. Isso é primordial pra mim.
Fonte:Na Telinha

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